
Na tarde deste sábado (27), o Arcebispo de Queluz, Dom Miguel Dolezzio, reuniu-se com o clero arquidiocesano em uma videoconferência marcada por tom pastoral e decisões firmes. Durante o encontro, que durou pouco mais de duas horas, foram definidos pontos cruciais para a vida da Igreja local — entre eles, as datas das posses canônicas dos novos párocos, a acolhida oficial dos presbíteros recém-chegados, a ordenação de dois novos sacerdotes e mudanças significativas na Fundação Ir. Orani.
A reunião, conduzida diretamente pelo arcebispo, reforça o estilo de governo que Dom Miguel tem cultivado: discreto, mas presente; silencioso, mas atento. Para alguns, pode parecer ausência. Para quem acompanha de perto, trata-se de uma presença estratégica, que escuta antes de falar, e age quando é hora.
Entre os anúncios mais aguardados, está a ordenação presbiteral dos diáconos Enzo de Sá e Pedro Lucas, marcada para este domingo, além da acolhida solene dos novos padres, com missa na Catedral de Santa Maria. Também foram acertadas as datas das posses canônicas dos párocos e administradores paroquiais, definidas após diálogo com cada região eclesiástica.
Dom Miguel ainda apresentou uma prévia da reforma administrativa da Fundação Irmã Orani, com nova governança e revisão estatutária. A proposta visa dar mais eficiência à gestão e garantir fidelidade ao carisma fundacional, respondendo a um clamor antigo de transparência e renovação.
A maratona de compromissos do arcebispo, no entanto, não se limita às telas. Neste domingo (28), às 21h30, Dom Miguel presidirá a solene ordenação presbiteral na Catedral Metropolitana. E já na segunda-feira (29), o cardeal seguirá viagem para a região sul da Província para instituir oficialmente a nova Diocese de Passo Novo e dar posse ao seu primeiro bispo, Dom Karol Rose.
Ao final da reunião, Dom Miguel agradeceu o empenho do clero e lembrou que a missão episcopal exige mais do que aparições públicas: exige presença verdadeira, inclusive nos bastidores. “Quem ama, governa com o coração e com os joelhos dobrados. Às vezes, no silêncio de um gabinete; outras vezes, no meio do povo. E, quando necessário, com a firmeza de quem serve”, afirmou.
Para os que achavam que o Cardeal de Queluz estava distante, a resposta veio sem alarde, mas com clareza: Dom Miguel não precisa estar em todos os holofotes para estar com todos.